sábado, 14 de julho de 2012

O ladrão

Não sou escritor famoso
Só escrevo desse meu jeito
Eu pouco fui na escola
Nunca aprendi direito
Não sei falar o português
Eu falo de qualquer jeito
Tudo que aqui escrevo
Logo vai surgindo efeito

*Relato:

Sempre pego um tema
Para poder narrar
Hoje o tema é ladrão
Que se encontra em qualquer lugar
Não precisa anoitecer
Para algum dele encontrar
O ladrão aqui da cidade vai lá no sítio roubar

O ladrão é igual tiririca
Difícil de acabar
Se acabam uns aqui, outros aparecem lá
Não adianta correr, em qualquer lugar está
A gente sempre é roubado, sem nem mesmo desconfiar

O ladrão rouba dinheiro, rouba tudo que encontrar
Uns roubam por que precisam, outros roubam pra fumar
Essa praga que existe, não tem como evitar
Se correr dele é pior, qualquer hora vai te achar

O ladrão da antiguidade só roubava galinha
Hoje o ladrão anda armado de revólver carabina
Agora estão roubando banco
Até a polícia eles dominam
O ladrão não anda mais a pé
Rouba um carro em cada esquina







Levante da poeira

Boiada vai, boiada vem
O meu amor nunca mais vem

O meu amor foi embora
Pela estrada boiadeira
O seu rastrinho apagou
Com o levante da poeira
Só ficou uma lembrança
Na passagem da porteira

Boiada vai, boiada vem
O meu amor nunca mais vem

Larguei de tocar boiada
Não posso mais trabalhar
Eu fico pensando nela
Eu saio a procurar
Um amor que foi embora
Dificilmente vai voltar







Casinha abandonada

Casinha de beira de estrada
Hoje não existe mais nada
Só uma recordação
Onde fomos criados
Trabalhando no roçado
Eu mais meu irmão

Papai e mamãe já cansados
Sei que fui o culpado de deixar aquele lugar
Queria morar na cidade
Pra tentar a felicidade
Que lá não iria encontrar

O tempo foi passando
Eu acabei voltando
Me doeu o coração
De ver onde a gente morava
Muita cana foi plantada
E os grandes treminhão

Os produtores pequenos
Suas terras foram vendendo
Pra ir morar na cidade
Todas aquelas famílias
Trabalham de boia fria
Sempre com muita saudade

A estradinha que existia
Hoje virou rodovia
Pra escoar a produção
Nessa estrada a gente passava, ia pra cidade e voltava
No nosso cavalo alazão.


Minha prece

Caminhando por essa estrada
Sem saber pra onde ir
Aqui fui desprezado
Tudo que eu tinha perdi
E me veio na lembrança...
De JESUS eu me esqueci
Vou fazer uma prece
Humildemente vou pedir

Entra na minha vida
Invade meu coração
Tudo que eu fiz de errado
Vou pedir o seu perdão
Me ensina a pisar mais firme
Em uma nova direção
Me livra dos inimigos com a sua proteção

Invade a minha vida
Com a sua companhia
Me livra dos falsos amigos
Mostra-me a sabedoria
Com o poder superior
Me de total alegria
Que eu volte novamente junto com a minha família!