segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Velho Pescador

Eu vou contar uma história
que comigo está se passando.
História de uma menina
que já está me balançando
a gente se conheceu
eu estava viajando

Na estrada de Riversul
Foi que a gente se encontrou,
Me pediu uma carona
do meu lado se sentou.
Ia pescar tilapia
na fazenda do Bergo.

Quando chegou na fazenda
do meu caminhão desceu.
Eu olhei nos olhos dela
meu coração inté tremeu.
Será que convido ela
pra pescar no sitio meu?

Fui falando pra ela
com meu jeito caipira
lá tem uma lagoa boa
se pega muita traíra
e a tarde a sombra é boa
debaixo da guaivira.

Depois que a convidei
quase me arrependi
Olhei bem pra ela
nenhuma beleza eu vi
E ainda falava na giria
com isso me entristeci.

Larguemo o asfalto
entremo no estradão
a poeira era tão grande
atrapalhava até a visão.
Eu só pensava no peixe
que tava ao meu lado no caminhão.

Entramos lá em casa
me deu um arrepio.
Será que o veio aguenta
tirar o peixão do rio.
A pescaria começo
muito antes de chegar no rio.

Botei a mão nela
se arrepiou todinha
será que o veio aguenta
apagar o fogo da menina.
Só que daí pra frente
a história foi toda minha.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ranchinho Abandonado

Eu vou contar uma história
que comigo aconteceu.
História de um grande amor,
que meu coração viveu.


Conheci uma cabocla
no meu rancho veio morar,
nosso amor era tão grande,
pensei que nunca ia acabar.


A vida era tão bela
no rancho que a gente vivia.
Eu só pensava no amor
que nunca acabaria.


Eu vivia tão contente
em nosso humilde ranchinho,
a vida era cor de rosa
de tanto amor e carinho.


O tempo foi passando
meu mundo desabou,
Ela se foi pra cidade
e meu rancho abandonou.


O rancho ficou tão triste
depois que ela mudou,
os pássaros nem cantam
na árvore que ela plantou.


Esse é o final de um amor
que em minha vida passou.
De uma história tão linda
só a saudade restou.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Paulistinha Afamado

Eu recebi uma carta,
veio de Três Corações
lá do estado de Minas
da fazenda do Simão
pra montar num burro bravo
que ainda não encontro pião.


Saí de madrugada
na minha besta tordia
cortando a longa estrada
no meio da serrania,
eu cheguei lá na fazenda
eram quase meio dia


A festa tava animada
o povo tava esperando
vi uma cabocla linda 
que o lenço tava abanando
bem alto ela gritou:
_Paulistinha tá chegando


O povo só gritava 
o nome de Paulistinha
Esse burro é perigoso
não tem pião que pare em cima.
Escutando essas palavras 
dobrava a coragem minha.


A filha do fazendeiro
bem alto ela gritou:
_ Pode montar sussegado,
por você reza eu vo,
se for vitorioso lindo presente lhe dou.


Montei logo no bruto
que pulou pra todo lado
mas parou na minha espora
ele já estava quebrado
o povo me deu o nome
de Paulistinha Afamado.


Quando foi no fim da festa
a morena me chamou:
_ Entre aqui na minha casa
o presente se ganhou
vou falar lá pros meus pais 
que meu amor já conquisto.


Eu falei com a cabocla
tá na hora de ir andando
não posso te levar
minha vida é viajando.
Por todo lugar que passo
a saudade vou deixando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Viola de Pinho

Com uma viola de pinho
dentro deste ranchinho 
bem no centro do sertão.
Quando vai morrendo o dia
naquelas matas sombrias
só ouve a voz da ilusão.


Quando rompe a madrugada
Canta o galo na toada 
na comeira do paió.
Se esculta lá no cerrado
o cantar apaixonado 
do Chitan e Xororó.


Canta também as arapongas
naquelas campinas longas
a gente sente paixão.
O caboclo apaixonado
na viola faz um pontiado 
pra alegrar seu coração.


Quando rompe a madrugada
canta toda as passaradas
principiando um barulhão.
O caboclo faz uma prece
para Deus ele oferece
pra que proteja o sertão.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Loucura de amar

Uma me mandou embora
a outra não quer voltar
agora vivo sozinho
neste mundo a penar,
Quem quer muito tudo perde
Nem sempre pode ganhar
Mas a vida é muito boa 
Não vou parar de lutar.


Não tem vitória sem luta
Isso falo à vocês
Por causa de uma mulher 
Muita loucura já fez
Meu coração coitado 
muito já machuquei
Mas continuo amando
nunca desanimei.


Sempre falei a verdade
mentira não vou contar
um dia a gente perde
no outro pode ganhar.
O amor também é um jogo
Difícil de se acertar.
Quando acerta de verdade 
Nunca mais pode deixar.