sábado, 29 de janeiro de 2011

Porteira velha

Porteira velha abandonada
quantas vezes veio abrir
agora só resta saudade
que ela deixou por aqui
Parece que a velha porteira
ficou mais difícil de abrir


Quando passo na estrada
Sempre fico a recordar
Vinha depressa abrir a porteira
Para eu poder passar
Nós decíamos para casa
para a gente se amar


Agora dessa porteira
Bem longe quero passar
Me bate a lembrança dela
Dá vontade de chorar
Ela também vive a sofrer
Sem que eu possa à consolar


Parece que a história desse amor se acabou
pra longe foi embora
pela porteira passou
Só restou triste lembrança
que na porteira deixou.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Velhos Boêmios

Você se lembra companheiro do passado
Dos bons tempos que passou-se tão depressa
A boêmia os cabarés, as madrugadas
as noites lindas o luar e as serestas.


Você recorda daquelas caboclas lindas
que seus amores para nois oferecia
nois só pensava na bebida e cabarés
A nossa vida era viver na boêmia.


Hoje olho no espelho e fico triste
de ver meus cabelos já branquinhos
minha tristeza é tão grande companheiro
Viver no mundo sem amor e sem carinho.


Hoje passo nesta rua com amargura
de ver os cabarés que frenquentava.
Fiquei pobre, velho, sem dinheiro
E as mulheres de mim só fazem gargalhada.


Eu te despeço companheiro com tristeza
vamos vagando por este mundo assim
Hoje somos uns boêmios abandonados
e recordando esperamos nosso fim.

Os dois amores

História de dois amores
comigo está acontecendo
por causa de dois amor
no mundo vivo sofrendo
E agora a casa caiu
um amor estou perdendo.


Conciliar duas mulheres

é dificil de acontecer
se uma está feliz
a outra fica a sofrer
E o coração de quem ama
no fundo fica a doer


Parece que é destino

me envolver deste jeito
as mulheres admiro
sempre com muito respeito
Mas se aparecer pra mim 
na verdade eu não enjeito


Agora vou falar a verdade

Tenho que afirmar
a mulher que sempre amei 
junto comigo está,
quero viver feliz com ela 
até Deus vir me buscar!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Rancho Triste

Caboclo entre neste ranchinho,
Sente neste banquinho
e escute o que eu vou te contar

Isso já faz muitos anos
Que eu sofri um desengano
e vim para nesse lugar

Eu morava num povoado
Há muitos anos passado
Até agora ainda me lembro
Daquela cabocla linda
por nome de Rosalinda
Que deixo eu sofrendo

Vou lhe contar toda história
Que não me saí da memória
Porque sou triste assim
Está tal de Rosalinda
era bela era minha
nosso lar era um jardim

Numa véspera de natal
que nois ia festejá
cinco anos de casado
Eu voltava da cidade
trazendo as novidades
Pra ela eu tinha comprado

Quando na casa cheguei
Rosalinda não encontrei
Fiquei enlouquecido
Chorando igual um menino
eu fui ver lá no vizinho
o que tinha acontecido
ninguem sabia de nada
voltei outra vez para casa
Mas não estava conformado

Por tudo eu procurei
só uma carta encontrei
que ela tinha deixado.
Quando li o que estava escrito
dei um tamanho grito
inté perdi o juízo
ela tinha me deixado,
esquecendo o seu jurado
com outro tinha fugido

Então acabou minha alegria
onde com ela eu vivia.
Me mudei pra esse lugar
Aqui eu vivo sozinho
só escuto os passárinhos
na alvorada canta.

Essa é a história de um caboclo
que sofreu um grande desgosto
e agora leva a vida a penar
vivo longe dos amigos
neste rancho escondido
pra ninguem me ver chorar

A minha história se encerra
Se você for pra minha terra
não conte que vivo aqui
quero viver isolado
dos amigos do passado
que a tempos me despedi.